Um céu colorido à espera. Uma estrelinha nasceu. Ela andou pelos vales, trouxe paz, fez pessoas grandes. Ela era grande. Tão grande que um dia Deus olhou bem no fundo dos seus olhos e disse:
-
Vai. Tu tens que descer rapidinho e voltar rapidinho.
E
no meio do arvoredo, ele surgiu. Uma Maria surgiu logo após. “Ele chegou!”,
falou baixinho. Uma trilha é posta no caminho, e o caminho se fez. Percorreu
longos cenários, conduziu flores. Atravessou rios. Cuidou das estrelas, regou
amor.
Menino
travesso aproveitou o momento para dar um belo sorriso. Em seguida, correu como
nunca havia corrido. O mar ele encontrou. Encantado olhava para o infinito.
Olhou pra Maria. “Devo?” [exclamou]. Com um olhar singelo, ela respondeu para
si:
-
Te derrama, pois ele é todo seu.
Rapidamente
sorriu. Em ritmo de ciranda, uma luz surgiu para clarear ainda mais a paisagem.
Sons. Sorrisos. Amor. Imensidão... Alegremente tocou seus pequenos pés em um
mar. Tirou os pés. Olhou pra trás. Uma multidão aplaudia o espetáculo que
acabara de iniciar.
O
rapidinho poderia ser cumprido. Colocou o corpo ao mar. Entregou-se ao amor
infinito. Disse sim a sua missão. Duas lágrimas. Uma satisfação. “Ei, cumpri
meu papel”, declarou.
Estrelas
a flutuar. Maria carrega seu amor mais sincero e joga no infinito. O mar já não
sabia o que fazer com tamanha alegria. “Você cumpriu bem seu papel. Agora trate
de me ajudar a cuidar dos demais. Combinado”? [sussurrou Deus]